Caminho(s) de aprendizagem

caminho
 
 
 
 
"Em consonância com esta abordagem integral, Miller (2006) refere que não existe um formato específico de um currículo holístico, mas existem várias abordagens e métodos utilizados. Não obstante, o autor refere algumas características gerais comuns aos vários ambientes educativos que seguem esta perspectiva holística (ver tabela seguinte).
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Tabela 6. Características Gerais de Ambientes de Aprendizagem Holísticos (294)
 
1. Vários caminhos de aprendizagem
  • Aprendizagem é mais experimental, emergente, orgânica, cooperativa e pessoal;
  • Testes, notas, classificações (rankings), quadros de honra ou outras formas de aprendizagem competitiva são substancialmente reduzidas ou ausentes;
  • Discussão mais aberta e questionamento crítico nas salas;
  • Estudantes têm mais liberdade para perseguir os seus interesses e paixões pessoais;
  • Maior esforço criativo para apresentar e estabelecer o currículo de modo a que seja mais relevante, significativo e estimulante para os estudantes;
  • Compromisso filosófico por parte dos professores.
2. Sentido de comunidade
  • Relações de proximidade genuínas entre estudantes, professores e mães/pais;
  • Autoridade não é tomada de um ponto de vista tradicional, tal como numa hierarquia de dominação. Os valores de parceria exibem uma hierarquia de realização (295) onde a estrutura de gestão promove a realização do potencial de cada pessoa.
3. Vida interior
  • Existe respeito pelo poder interior de cada criança/aluno. Existe espaço para o desenvolvimento da vida interior e para as questões fundamentais de cada pessoa. As questões existenciais são tomadas de modo sério na aprendizagem e no ambiente escolar holístico.
 
4. Natureza
  • Conexões significativas com o mundo da natureza, espelhadas no design e ambiente escolar e na literacia ecológica (296) (princípios de ecologia e de sustentabilidade).
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Notas: (294) Miller, 2006. Ambientes de aprendizagem em comparação com os meios escolares tradicionais. Nota: Foi realizada adaptação do texto original para tabela. (295) Termo utilizado pela femininista Riane Eisler (2000) referido em Miller, 2006. (296) Termo utilizado por David Orr, 1992 referido em Miller, R. (2006). Educating the Child’s “Inner Power”. Recuperado em 2009, Janeiro 27 de http://www.pathsoflearning.net/articles_Educating_Childs_Inner_Power.php."
 

Fonte: Mendes, M.T. (2011, p.139-140). Educação empreendedora. Uma visão holística do empreendedorismo na educação. Tese de Mestrado Ciências da Educação (versão não publicada). Univ. Católica Portuguesa. Faculdade Ciências Humanas. Lisboa.

http://repositorio.ucp.pt/handle/10400.14/8605